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ONG quer levar água potável a pelo menos 15 mil pessoas no norte de Moçambique

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Projeto prevê a instalação de sistemas de água alimentados por energia solar, contadores pré-pagos e sensores de monitorização.

A organização internacional Food for the Hungry (FH) vai desembolsar um milhão de dólares (852 mil euros) para levar água potável para pelo menos 15 mil pessoas nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, norte de Moçambique.

O objetivo "é aumentar ou melhorar a água potável e sustentável para pelo menos 15 mil pessoas", disse hoje o gestor de projetos na FH, Samuel Tinho, após o lançamento do projeto, em Maputo.

Designado "Soluções Inovadoras para Garantir Acesso Resiliente e Sustentável à Água Potável", o projeto será implementado no distrito de Balama, na província de Cabo Delgado, e nos distritos de Rapale e Meconta, em Nampula.

No caso de Cabo Delgado, província rica em gás, que é assolada por uma insurgência armada desde 2017, Tinho explicou que pelo número elevado de pessoas deslocadas devido ao conflito as estruturas comunitárias que deveriam assumir um "papel-chave" na gestão de infraestruturas de água e saneamento, estão "frágeis e sem a capacidade para poder fazê-lo".

O projeto prevê a instalação de sistemas de água alimentados por energia solar, contadores pré-pagos, sensores de monitorização e um sistema de reporte via mensagem, com uma "meta" mínima de 50% dos participantes do projeto sendo mulheres, explicou o gestor.

Para Kate Musimwa, chefe do programa e oficial de relações públicas da ONG, o projeto representa mais do que infraestruturas de água.

"O acesso seguro à água não deve ser um privilégio de alguns, mas um direito de todos. Por trás de cada estatística existe uma história: uma criança que falta à escola, uma mãe que caminha quilómetros ou uma família obrigada a consumir água insegura", afirmou.

Musimwa sublinhou ainda que a iniciativa reflete o compromisso de investir em pessoas e sistemas "que promovam mudanças duradouras".

Na ocasião, Bento Caetano, representante da Direção Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento em Moçambique, garantiu que o Governo está a fazer o seu papel: "mas essa parceria que temos com eles é muito importante, porque de certa forma ajuda-nos a prover água e saneamento ao nível das comunidades".

"Portanto, vai ser muito benéfico para as comunidades, assim como para o próprio governo, porque para além de intervirmos naquelas comunidades onde eles estão a intervir, podemos canalizar os recursos para outras comunidades que estão a precisar disso", acrescentou.

Em agosto do ano passado, o então Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que 63,6% da população já tinha à data acesso a água potável, havendo necessidade de reforçar através de construção de mais barragens, especialmente no norte do país.

Correio da Manhã
 
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