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Stuart Latham, de 22 anos, foi condenado esta sexta-feira no Reino Unido por 49 crimes, ocorridos entre 2023 e 2024, relacionados com abuso de menores. Ao todo, Latham abusou de 39 raparigas - duas foram violadas.
O condenado usou um esquema conhecido como ‘catfishing’ na internet, onde se fez passar por outra pessoa. Neste caso, apresentava-se como um rapaz de 14 anos chamado Josh na rede social Snapchat,, onde usava uma fotografia falsa.
Lá, Latham conversava com raparigas menores, chegando a oferecer 200 libras, cerca de 230 euros, por ‘ajudas’, que, na prática, se traduziam em 'nudes' (imagens explícitas de cariz sexual).
Noutros casos, persuadia as jovens a enviar fotografias ou vídeos explícitos, mesmo sem a promessa de dinheiro, só para depois as chantagear com as imagens, ameaçando partilhá-las se as menores não fizessem o que ele queria.
Ao todo, as autoridades encontraram mais de quatro mil imagens explícitas (muitas delas pertencentes a estas vítimas de chantagem), num total de 39 vítimas por todo o Reino Unido. Algumas tinham apenas 11 anos; no máximo, tinham 15.
Duas das vítimas chegaram a encontrar-se com o condenado e foram sexualmente abusadas.
A primeira rapariga acreditava estar numa relação amorosa com Latham, que lhe tinha dito ter 15 anos, na altura. Foi após as autoridades terem conhecimento desta situação que a investigação teve início e, em dezembro de 2023, Latham foi detido pela primeira vez para interrogatório.
Mas ainda antes disso, o recluso tinha abusado de uma outra criança - uma das amigas da primeira vítima.
Ambas as menores fizeram questão de estar em tribunal para a sentença de Latham, mas, antes disso, decidiram fazer as suas declarações.
A primeira rapariga chorou ao contar que esta tinha sido a sua primeira relação e que a situação tinha deixado marcas que nunca poderiam ser apagadas. A segunda dirigiu-se diretamente a Latham.
“Eu quero que saibas que eu nunca vou esquecer isto. O que tu fizeste mudou-me. Tu roubaste a criança que eu tinha em mim."
Latham já se tinha declarado culpado, numa audiência anterior, dos crimes de chantagem, envolvimento em comunicação de cariz sexual, causar ou envolver-se em atividades sexuais com crianças, produzir e distribuir fotografias indecentes e possuir pornografia.
No final da sessão, o juiz que condenou Latham disse-lhe diretamente: “Você é um indivíduo extremamente perigoso, é um predador sexual com pouca ou nenhuma empatia ou sequer remorso”.
“Não é um exagero dizer que deixou um rasto de destruição emocional por onde passou, como resultado das ofensas que cometeu contra múltiplas jovens”, concluiu.
Após Latham ser levado pelas autoridades e retirado da sala, o juiz teve ainda uma palavra para as duas vítimas do condenado, que permaneciam de mãos dadas, ao lado das suas famílias, ambas com lágrimas nos olhos.
“Vocês são incrivelmente corajosas. Não conheço muito adultos que seriam corajosos o suficiente para fazer o que vocês fizeram. Devem estar orgulhosas de vocês próprias. Vocês venceram-no. Ele não ganhou.”
O detetive encarregue de investigar o caso, Simon France, afirmou que Latham parecia considerar o que fazia como um “trabalho a tempo inteiro”.
“Ele vivia em casa com a família. Ficava sentado no quarto à procura de crianças vulneráveis todos os dias, o dia todo… É quase como se o trabalho a tempo inteiro dele fosse forçar estas crianças a fazerem o que ele queria."
France disse ainda que Stuart Latham foi “um dos predadores sexuais de menores mais perigosos” que encontrou em toda a sua carreira. O britânico foi condenado a 14 anos de prisão.
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